Arte da Serra da Capivara, Escoural e Halaf
Arte Tupi Guarani do Brasil
Arte Indígena Hispanomericana Pré-colombiana
ARTE EGÍPCIA
Arte Minóica
Arte Grega
Estilos Romanos
O Primeiro Estilo ou
arte abstrata de cantaria ou incrustação
- nome derivado de crustae, placas pétreas de revestimento – visa
simular mármore outros minerais por meio
de cores vivas sobre o reboco integrando ambientes domésticos dando-lhes uma
unidade visual. Vai do século
II a.C. até o ano 80
d.C.. Com a colonização de Pompéia entra em declínio.
O Segundo Estilo o arquitetônico,
cobre larga região desde a Etrúria à Ásia
Menor, em palácios helenistas para exibir a riqueza dos grandes personagens,
inaugurando a maturidade da pintura romana, com variados recursos técnicos,
estéticos e simbólicos originais.Os trompe
l'oeil simulam colunatas, arquitraves, balaustradas,
molduras, janelas e frisos,complementados
por geometrismos mais complexos. Explorando paisagens urbanas e jardins, em
afrescos, surge a perspectiva para criar recantos nos ambientes
domésticos usando objetos do dia a dia como vasos prateleiras e mesas em 3D. Este
período vai de 1 DC até 100 DC.
O Terceiro Estilo de
arte ornamental eclética e copista clássica, dá continuidade ao Segundo
Estilo de forma mais livre e mais leve. Apoiada
em idéias de autores antigos gregos, helenistas, egípcios, neste estilo floresce o gênero paisagem
minimalizante da perspectiva. Por isso há uma divisão de trabalho - os mestres imaginarii que criam cenas teatrais, históricas e
laborais, enquanto os subordinados parietarii, pintam as molduras e
fazem acabamentos. Esta divisão de trabalho antecipa de mil anos os ateliers
renascentistas e de dois mil anos os ateliers de arte digital. A pintura desempenha um papel preponderante na
decoração de interiores, com mosaicos figurativos combinados com a pintura parietal integrando
tetos, paredes e pisos com padrões geométricos discretos como uma galeria de quadros. Principal pintor foi Studius,
que Plínio reputava como o criador do gênero
paisagístico de decoração e Vitrúvio também o tinha em alta conta. O Terceiro Estilo
floresceu d 20 AC até . 25 d.C.
Quarto Estilo apareceu por volta do ano 45 d.C. e, ainda mais do
que seu precedente, só pode ser definido através da palavra ecletismo,
recuperando elementos de estilos anteriores e elaborando sobre eles novas
configurações. Algumas de suas características genéricas mais evidentes são uma
inclinação para composições mais assimétricas, uma tendência para o uso de
cores mais quentes e vivas, e um maior requinte, variedade e liberdade nas
ornamentações. Além destas, as figuras são mais animadas, a técnica da
pincelada ficou mais livre, com uso intensivo de tracejado para obter as
sombras e os volumes, se aproximando de efeitos pontilhistas,
e se populariza a simulação pictorial de tapeçarias
através do uso de largas áreas de uma só cor, com bordas e faixas ornamentais.
Ling descreveu o Quarto Estilo como menos disciplinado e mais caprichoso do que
os seus antecessores, sendo em seus melhores momentos delicado e deslumbrante,
mas em mãos inábeis podia se tornar confuso e sobrecarregado. É o estilo do
qual temos a maior quantidade de relíquias, e justamente pela abundância de
evidências é a fase que podemos melhor estudar, mas sua evolução se torna
difícil de esclarecer por causa de sua heterogeneidade. Alguns dos primeiros
exemplos do Quarto Estilo, ainda em transição do Terceiro, podem ser vistos na
Casa da Colunata Toscana e na Casa de Lucretius Fronto, em Herculano, e
na Casa do Espelho e na Casa de Menandro, em Pompeia. Mais
adiante se destacam as decorações da Casa de Netuno, a Casa dos Cupidos
Dourados, a Casa dos Amantes, a Villa Imperial e a Casa dos Vettii em Pompeia, a basílica
de Herculano
e a Domus
Aurea em Roma. Também durante o Quarto estilo se verificou o incremento
na decoração pictórica dos tetos, com uma variedade muito maior de soluções
plásticas, muito mais fantasiosas que nas fases anteriores, mas com o
predomínio de esquemas centralizados que se propagavam em padrões concêntricos,
e com maior integração entre a pintura e os relevos em estuque.
Modos do quarto estilo
O modoTapeçaria apareceu antes dos outros cerca de
uma década, e depois se fundiu aos demais. Seu nome deriva de imitar o efeito
da tapeçaria
- que se tornara uma moda na decoração de interiores.
O modo Plano enfatiza a bidimensionalidade da parede,
alternando superfícies de cor pura com outras mostrando cenas em áreas
delimitadas, e seu efeito se funda nos contrastes. Esse modo é geralmente
encontrado em casas menos luxuosas, era mais simples e barato
O modo Cenográfico tem sido associado com Nero, cujo gosto por
novidades excitantes e pelo teatro levou ao desenvolvimento de uma decoração
baseada nos cenários teatrais. Sua Domus Transitoria e a Domus Aurea,
dois ricos palácios que mandou construir, foram ornamentados com tais pinturas.
Quando as ruínas da Domus Aurea foram redescobertas na época do Renascimento,
sua decoração causou um efeito imediato e eletrizante. Diversos artistas
importantes da época, como Rafael, Michelangelo,
Ghirlandaio, Heemskerck e Lippi
acorreram para lá para conhecer o que foi considerado uma verdadeira revelação,
muitos deles deixando nas paredes seus próprios autógrafos. Como as ruínas
estavam soterradas, de início se julgou serem parte de uma gruta (grotta,
em italiano) artificial, e por isso se deu o nome de grottesche
aos seus painéis decorativos, extravagantes e ao mesmo tempo delicados, que se
tornaram uma febre no Renascimento, imitados para a decoração palaciana em
vários países.30
Famullus é tido como o inventor do modo Cenográfico, e Plínio mais uma vez nos
dá informações interessantes
O modo Barroco, como a palavra sugere, mostra uma
grande exuberância e vitalidade e o tratamento das figuras tende a ser
dramático, com uma técnica de grande liberdade na pincelada que faz uso
frequente do tracejado para criar o efeito de chiaroscuro
e volume e elaborar a mistura das cores. Os cenários da Basílica de Herculano,
da Casa de Naviglio em Pompeia e as Salas de Penteu e Íxion na Casa
dos Vettii são bons exemplos dessa tendência
Os retratos merecem um comentário à parte porque eram
elemento importante no sistema religioso e social romano. O costume de retratar
os mortos tinha longa tradição. Nos lararia das residências, espaços
sagrados, se instalavam efígies dos ancestrais como forma de homenagem perpétua, e nas
procissões organizadas pelas elites os retratos de família apareciam em
destaque, a fim de atestar sua linhagem patrícia. Estas efígies podiam ser
esculpidas sob forma de bustos ou cabeças, modeladas em cera ou terracota
como máscaras mortuárias, ou pintadas sobre medalhões
e escudos, e costumavam apresentar detalhada caracterização fisionômica,
fazendo crer que se tratasse de retratos fiéis. Quando se generalizou o uso dos
enterramentos, substituindo as cremações dos mortos, esse tipo de imagem também
passou a fazer parte dos contextos sepulcrais.
"Foi ele o que primeiro
instituiu aquele deliciosíssima técnica de pintar paredes com representações de
villas, pórticos e jardins paisagísticos, florestas, montanhas, lagos, canais,
rios, litorais - de fato, todos os tipos de coisas que se poderia desejar, e
também muitas representações de pessoas dentro delas caminhando ou navegando,
ou, de volta à terra, chegando ás villas no lombo de burros ou em carruagens, e
também pescando, caçando ou mesmo lavrando a terra e colhendo a uva (...) e
muitos outros temas animados como estes, indicativos de um talento vivaz. Este
artista também começou a prática de pintar representações de cidades litorâneas
sob as arcadas de galerias públicas, assim produzindo vistas deleitosas com um
custo mínimo"
Novamente Plínio
nos conta sobre a prática da pintura triunfal no período imperial,
representando episódios das batalhas, os cortejos triunfais após as vitórias
militares, e mapas, que eram figurados para ressaltar pontos chave das
campanhas. Segundo ele o efeito ilusionístico das pinturas era tão eficiente
que de fato enganava o público. Josephus descreve um exemplo de pintura triunfal executada
na ocasião do saque de Jerusalém por Vespasiano
e Tito, dizendo que "até o fogo sendo colocado
no templo estava representado ali, e casas caindo sobre seus donos"
A descrição feita sobre os quatro estilos de pintura informa
sobre o desenvolvimento da grande tradição herdada dos gregos e helenistas,
de caráter erudito, mas especialmente na área vesuviana
sobreviveram muitos exemplos que devem ser estudados no contexto da cultura
popular. Tratam a maior parte das vezes de temas locais, de episódios da
vida real da população em seus afazeres cotidianos, outras mostram procissões,
cenas de culto e imagens de deuses, e outras funcionavam evidentemente como
painéis de anúncio de lojas e oficinas. Essa coleção heterogênea apresenta
amiúde feições toscas, e sua unidade interna é fraca, mas não são raras as
imagens dotadas de charme e qualidades ingênuas muito interessantes, além de
serem expressões autênticas da voz do povo. Por isso são de grande valor para o
entendimento da vida romana como um todo
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