Translate

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Revoluções Estilísticas 1 e 0

Arte da Serra da Capivara, Escoural e Halaf



Arte de URUK

Arte Tupi Guarani do Brasil




Arte Indígena Hispanomericana Pré-colombiana


ARTE EGÍPCIA


Arte Minóica

Arte Grega





Pintura e Arte Romana















Estilos Romanos
O Primeiro Estilo  ou arte  abstrata de cantaria ou incrustação - nome derivado de crustae, placas pétreas de revestimento – visa simular mármore  outros minerais por meio de cores vivas sobre o reboco integrando ambientes domésticos dando-lhes uma unidade visual. Vai do século II a.C. até o ano 80 d.C.. Com a colonização de Pompéia entra em declínio.
O Segundo Estilo o  arquitetônico, cobre larga região desde a Etrúria à Ásia Menor, em palácios helenistas para exibir a riqueza dos grandes personagens, inaugurando a maturidade da pintura romana, com variados recursos técnicos, estéticos e simbólicos originais.Os  trompe l'oeil simulam colunatas, arquitraves, balaustradas, molduras, janelas e frisos,complementados por geometrismos mais complexos. Explorando paisagens urbanas e jardins, em afrescos,  surge a perspectiva para criar recantos nos ambientes domésticos usando objetos do dia a dia como vasos prateleiras e mesas em 3D. Este período vai de 1  DC até 100 DC.


O Terceiro Estilo  de arte ornamental eclética e copista clássica, dá continuidade ao Segundo Estilo de forma  mais livre e mais leve. Apoiada em idéias de autores antigos gregos, helenistas,  egípcios, neste estilo floresce o gênero paisagem minimalizante da perspectiva. Por isso há uma divisão de trabalho - os mestres imaginarii  que criam cenas teatrais, históricas e laborais, enquanto os subordinados parietarii, pintam as molduras e fazem acabamentos. Esta divisão de trabalho  antecipa de mil anos os ateliers renascentistas e de dois mil anos os ateliers de arte digital.  A pintura desempenha um papel preponderante na decoração de interiores, com mosaicos figurativos combinados com a pintura parietal integrando tetos, paredes e pisos com padrões geométricos discretos como  uma galeria de quadros. Principal pintor foi Studius, que Plínio reputava como o criador do gênero paisagístico de decoração e Vitrúvio também o tinha em alta conta. O Terceiro Estilo floresceu d 20 AC até . 25 d.C.

Quarto Estilo apareceu por volta do ano 45 d.C. e, ainda mais do que seu precedente, só pode ser definido através da palavra ecletismo, recuperando elementos de estilos anteriores e elaborando sobre eles novas configurações. Algumas de suas características genéricas mais evidentes são uma inclinação para composições mais assimétricas, uma tendência para o uso de cores mais quentes e vivas, e um maior requinte, variedade e liberdade nas ornamentações. Além destas, as figuras são mais animadas, a técnica da pincelada ficou mais livre, com uso intensivo de tracejado para obter as sombras e os volumes, se aproximando de efeitos pontilhistas, e se populariza a simulação pictorial de tapeçarias através do uso de largas áreas de uma só cor, com bordas e faixas ornamentais. Ling descreveu o Quarto Estilo como menos disciplinado e mais caprichoso do que os seus antecessores, sendo em seus melhores momentos delicado e deslumbrante, mas em mãos inábeis podia se tornar confuso e sobrecarregado. É o estilo do qual temos a maior quantidade de relíquias, e justamente pela abundância de evidências é a fase que podemos melhor estudar, mas sua evolução se torna difícil de esclarecer por causa de sua heterogeneidade. Alguns dos primeiros exemplos do Quarto Estilo, ainda em transição do Terceiro, podem ser vistos na Casa da Colunata Toscana e na Casa de Lucretius Fronto, em Herculano, e na Casa do Espelho e na Casa de Menandro, em Pompeia. Mais adiante se destacam as decorações da Casa de Netuno, a Casa dos Cupidos Dourados, a Casa dos Amantes, a Villa Imperial e a Casa dos Vettii em Pompeia, a basílica de Herculano e a Domus Aurea em Roma. Também durante o Quarto estilo se verificou o incremento na decoração pictórica dos tetos, com uma variedade muito maior de soluções plásticas, muito mais fantasiosas que nas fases anteriores, mas com o predomínio de esquemas centralizados que se propagavam em padrões concêntricos, e com maior integração entre a pintura e os relevos em estuque.

Modos do quarto estilo
O modoTapeçaria apareceu antes dos outros cerca de uma década, e depois se fundiu aos demais. Seu nome deriva de imitar o efeito da tapeçaria - que se tornara uma moda na decoração de interiores.
O modo Plano enfatiza a bidimensionalidade da parede, alternando superfícies de cor pura com outras mostrando cenas em áreas delimitadas, e seu efeito se funda nos contrastes. Esse modo é geralmente encontrado em casas menos luxuosas, era mais simples e barato
O modo Cenográfico tem sido associado com Nero, cujo gosto por novidades excitantes e pelo teatro levou ao desenvolvimento de uma decoração baseada nos cenários teatrais. Sua Domus Transitoria e a Domus Aurea, dois ricos palácios que mandou construir, foram ornamentados com tais pinturas. Quando as ruínas da Domus Aurea foram redescobertas na época do Renascimento, sua decoração causou um efeito imediato e eletrizante. Diversos artistas importantes da época, como Rafael, Michelangelo, Ghirlandaio, Heemskerck e Lippi acorreram para lá para conhecer o que foi considerado uma verdadeira revelação, muitos deles deixando nas paredes seus próprios autógrafos. Como as ruínas estavam soterradas, de início se julgou serem parte de uma gruta (grotta, em italiano) artificial, e por isso se deu o nome de grottesche aos seus painéis decorativos, extravagantes e ao mesmo tempo delicados, que se tornaram uma febre no Renascimento, imitados para a decoração palaciana em vários países.30 Famullus é tido como o inventor do modo Cenográfico, e Plínio mais uma vez nos dá informações interessantes

O modo Barroco, como a palavra sugere, mostra uma grande exuberância e vitalidade e o tratamento das figuras tende a ser dramático, com uma técnica de grande liberdade na pincelada que faz uso frequente do tracejado para criar o efeito de chiaroscuro e volume e elaborar a mistura das cores. Os cenários da Basílica de Herculano, da Casa de Naviglio em Pompeia e as Salas de Penteu e Íxion na Casa dos Vettii são bons exemplos dessa tendência

Os retratos merecem um comentário à parte porque eram elemento importante no sistema religioso e social romano. O costume de retratar os mortos tinha longa tradição. Nos lararia das residências, espaços sagrados, se instalavam efígies dos ancestrais como forma de homenagem perpétua, e nas procissões organizadas pelas elites os retratos de família apareciam em destaque, a fim de atestar sua linhagem patrícia. Estas efígies podiam ser esculpidas sob forma de bustos ou cabeças, modeladas em cera ou terracota como máscaras mortuárias, ou pintadas sobre medalhões e escudos, e costumavam apresentar detalhada caracterização fisionômica, fazendo crer que se tratasse de retratos fiéis. Quando se generalizou o uso dos enterramentos, substituindo as cremações dos mortos, esse tipo de imagem também passou a fazer parte dos contextos sepulcrais.

Pela sua importância para a pintura do ocidente até os dias de hoje, também cabe um tratamento mais detalhado sobre o gênero da paisagem, que floresceu significativamente entre os romanos do reinado de Augusto em diante. Não parece ter havido entre os romanos um desejo de reproduzir qualquer paisagem real, antes coletavam elementos de vários panoramas para comporem cenários fantasiosos e indiferenciados. Algumas vezes se julga que as paisagens tenham sido um produto da arte de Alexandria, inspirado pela poesia bucólica de Teócrito e poetas afins, mas nenhum exemplo foi resgatado naquela região, e tudo leva a crer que seja um gênero autóctone italiano, ainda que possivelmente influenciado por tradições helenísticas.38 6 Foi mencionado antes que o inventor do gênero foi Studius, já que Plínio assim o declara:
"Foi ele o que primeiro instituiu aquele deliciosíssima técnica de pintar paredes com representações de villas, pórticos e jardins paisagísticos, florestas, montanhas, lagos, canais, rios, litorais - de fato, todos os tipos de coisas que se poderia desejar, e também muitas representações de pessoas dentro delas caminhando ou navegando, ou, de volta à terra, chegando ás villas no lombo de burros ou em carruagens, e também pescando, caçando ou mesmo lavrando a terra e colhendo a uva (...) e muitos outros temas animados como estes, indicativos de um talento vivaz. Este artista também começou a prática de pintar representações de cidades litorâneas sob as arcadas de galerias públicas, assim produzindo vistas deleitosas com um custo mínimo"

Novamente Plínio nos conta sobre a prática da pintura triunfal no período imperial, representando episódios das batalhas, os cortejos triunfais após as vitórias militares, e mapas, que eram figurados para ressaltar pontos chave das campanhas. Segundo ele o efeito ilusionístico das pinturas era tão eficiente que de fato enganava o público. Josephus descreve um exemplo de pintura triunfal executada na ocasião do saque de Jerusalém por Vespasiano e Tito, dizendo que "até o fogo sendo colocado no templo estava representado ali, e casas caindo sobre seus donos"

A descrição feita sobre os quatro estilos de pintura informa sobre o desenvolvimento da grande tradição herdada dos gregos e helenistas, de caráter erudito, mas especialmente na área vesuviana sobreviveram muitos exemplos que devem ser estudados no contexto da cultura popular. Tratam a maior parte das vezes de temas locais, de episódios da vida real da população em seus afazeres cotidianos, outras mostram procissões, cenas de culto e imagens de deuses, e outras funcionavam evidentemente como painéis de anúncio de lojas e oficinas. Essa coleção heterogênea apresenta amiúde feições toscas, e sua unidade interna é fraca, mas não são raras as imagens dotadas de charme e qualidades ingênuas muito interessantes, além de serem expressões autênticas da voz do povo. Por isso são de grande valor para o entendimento da vida romana como um todo


Nenhum comentário:

Postar um comentário